domingo, 13 de maio de 2007

CONCLUINDO...

O objetivo das Tecnologias Assistivas é proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
A escola, como uma instituição mediadora na construção do conhecimento, tendo como objetivo levar cultura para um número cada vez maior de pessoas, leva para si uma gama de responsabilidade muito grande. É através da escola que a sociedade adquire, fundamenta e modifica conceitos de participação, colaboração e adaptação. Embora outras instituições como família ou igreja tenha papel muito importante, é da escola a maior parcela.
Por isso, a escola com seus profissionais, deve assumir este compromisso, acreditando que as mudanças são possíveis desde que haja uma transformação nos atuais moldes do ensino, sendo a escola uma das instituições (senão a principal) responsável pela construção desta sociedade, atendendo a todos indiscriminadamente.
É importante ressaltar que a decisão sobre os recursos de acessibilidade que serão utilizados com os alunos, tem que partir de um estudo pormenorizado e individual, com cada aluno. Deve começar com uma análise detalhada e escuta aprofundada de suas necessidades, para, a partir daí, ir optando pelos recursos que melhor respondem a essas necessidades. Em alguns casos é necessária também a escuta de outros profissionais, como terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, antes da decisão sobre a melhor adaptação. Tudo deve ser construído a partir de pesquisas, estudos e adaptações feitas a partir das necessidades concretas dos alunos, pois cada um possui suas limitações.
Nosso desafio como profissionais da educação será o de trabalhar por uma escola inclusiva, com qualidade de ensino, pois sabe-se da importância da educação básica. A educação básica é a mola mestra do desenvolvimento econômico e social de um país. É claro que ela não está só neste desafio. Necessitamos de uma justiça que funcione, de uma saúde que abrigue a todos e de uma política comprometida com o cidadão. Quanto mais sistemas comuns da sociedade adotarem a inclusão, mais cedo se completará a construção de uma verdadeira sociedade para todos: a sociedade inclusivista.





Concluindo

Nome dos colegas do grupo:

Neuza Maria Engroff de Ávila e Eloísa Helena Callai

Turma: 2 RS

Nossasa dúvidas eram essas

1. O que são tecnologias assistivas?

2. Quais os principais problemas enfrentados pelos portadores de deficiência visual/cegueira no uso das tecnologias? (computador)

3. Qual a melhor solução para os problemas dos portadores de deficiência visual/cegueira no uso do computador?


4. Como o professor deve orientar o aluno com deficiência visual para que o mesmo posso conhecer o mundo e se relacionar com os colegas através das outras percepções sensoriais?

5. O aluno com deficiência visual deve freqüentar a classe comum do ensino regular. Mas a escola deve oferecer uma sala de recursos com um professor especializado. Qual a importância desse professor no processo da aprendizagem do aluno com deficiência visual?

E quais são? E como são os recursos didáticos aplicados no ambiente da sala de recursos no auxílio do processo de aprendizagem dos alunos com deficiência visual?

Transcrevo aqui as palavras da professora Gisélia Oliveira Weber Professora de Educação Especial. Responsável pela Sala de Recursos DV na E.E. de Ensino Médio Gustavo Langsch-Polivalente. São Luiz Gonzaga.
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“É nas salas de aula que crianças e adolescentes com NEE passam por momentos conflitantes quando são“forçados a acompanhar” o processo ensino aprendizagem.
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O que precisa acontecer no campo educacional é a sensibilização dos educadores no que diz respeito à criança com NEE. Esta criança também aprende,mas ela precisa primeiramente, ser aceita por todos. Ao sentir-se discriminada, ficará insegura e conseqüentemente irá aumentar a possibilidade da ocorrência de certas frustrações e situações conflitantes.
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O desenvolvimento e funcionamento cognitivo desta criança são qualitativamente semelhantes aos das outras crianças, mas podem dar-se em ritmo mais lento.
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A fim de que a escola se adapte a criança é necessárias mudanças em sua programação quanto aos objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação.
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Os objetivos devem ser diversificados. Alguns comuns a todos e outros de caráter individualizado em função das necessidades e possibilidades de cada indivíduo.
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Os conteúdos devem ser significativos e selecionados.Considerando que os mesmos são um meio para desenvolverem as capacidades do indivíduo.
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A metodologia deve favorecer a atividade do aluno, o trabalho deve ser de forma simples.Deve se utilizar todo tipo de recurso didático, aumentar o grau de comunicação e dedicar um pouco mais de tempo aos alunos com NEE, permitindo que cada um avance conforme seu ritmo.
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A Avaliação deve ser concebida como um processo, no sentido de valorizar e pontuar os progressos e avanços na aprendizagem e não para medir os resultados.

A escola tem um papel importante e pode ajudar a criança e o adolescente com NEE a desenvolver suas potencialidades intelectuais, desde que possibilitem a elas ocuparem o lugar de sujeitos aprendentes.
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Faz-se necessário uma nova postura pedagógica e um novo olhar da escola em relação às diversidades.”
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Entendemos que as diversidades de materiais didáticos que a sala de recursos DV dispõe não são suficientes para que o aluno cego seja incluído no processo de aprendizagem e na escola.O aluno com deficiência visual precisa de muito mais. Precisa de professores desafiadores, facilitadores, questionadores, que irão montar práticas exploratórias para integrar este aluno no convívio da comunidade escolar. Portanto a interação do especialista com a criança, com o aluno adolescente cego é que irá motivá-lo para a busca da leitura e da escrita, onde o objeto passa a ser expresso em sua simbologia. O tratamento dispensado a uma pessoa cega é importante para o contato afetivo e de segurança na sua aprendizagem

Assim concluímos que a estimulação tátil-auditiva e cinestésica de ser uma constante em todas as fases da aprendizagem dos alunos com DV. A maturidade sócio-emocional deve ser avaliada como pré-requisito para a autonomia do aluno na sua integração social com independência para realizar tarefas diversas as quais ele encontrará no decorrer da sua vida estudantil.
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Se você quer saber mais sobre este assunto do Blog dou uma dica.


O Estatuto da Pessoa com Deficência no TÍTULO IV Da Ciência e Tecnologia Art.74.

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No endereço abaixo você encontra também notícias sobre Equoterapia

Notícia

http://www.anoticia.com/index.php?option=com_content&task=view&id=827&Itemid=27

A notícia abaixo você encontra neste endereço acima.

Equoterapia na regiãoLeio que a Prefeitura de Santo Ângelo e a URI estão estudando a implantação de um centro de equoterapia, algo que São Luiz Gonzaga já possui há anos, graças ao inestimável apoio do 4º RCB. Essa ação do Regimento Dragões do Rio Grande é pioneira na região, beneficiando crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais.Oxalá a Capital das Missões consiga implantar um núcleo desse método terapêutico que utiliza o cavalo para possibilitar o desenvolvimento biopsicossocial dos menores, através de uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação.

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terça-feira, 1 de maio de 2007

INCLUSÃO E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS


Há uma imensa quantidade de dispositivos tecnológicos que podem ser usados para auxiliar um deficiente visual e inseri-lo no processo escolar. Os dispositivos mais usados incluem:

- Computadores: Hoje estão sendo largamente usados, tanto nas escolas como no trabalho.

- Sintetizadores de voz : Um sintetizador de voz permite ao aluno deficiente visual ouvir o que aparece na tela de computador por um altofalante ou um fone de ouvido.

- Linhas Braille: Uma linha Braille é um dispositivo composto por uma fila de células braille eletrônicas, que podem reproduzir dinamicamente o texto enviado por um computador, permitindo a leitura em Braille sem usar papel.

- Impressão aumentada gerada por hardware: Um processador de tela com um monitor de computador grande permite ao aluno de visão subnormal controlar tamanho, contraste e brilho do programa apresentado na tela. O aluno pode dispor a página automaticamente em determinada velocidade ou apagar partes da tela que possam perturbar a leitura.

- Impressoras Braille. São impressoras especiais de computadores pessoais comuns que produzem material em Braille. É possível imprimir em Braille praticamente qualquer arquivo, mesmo contendo figuras (que são transcritas para a forma de desenhos táteis).

- Impressão aumentada gerada por software : Alguns softwares permitem ao usuário produzir impressão ampliada em impressoras comuns (a laser, a jato de tinta e semelhantes).

- Gravação de textos com indexação e sincronismo:Novas tecnologias de gravação permitem que sejam introduzidas marcas no texto gravado, que serve de índice para acesso direto a partes do textos, além de sincronização visando visualização de trechos em letras ampliadas e impressão Braille.

Recursos ópticos
Recursos ópticos são dispositivos prescritos por um especialista (oftalmologista). São compostos de uma ou mais lentes para aumentar ou ajustar a imagem visual.
- Óculos com prescrições especiais
Óculos bifocais, prismas, lentes de contato ou outras combinações de lentes podem ser prescritos para uma criança com limitações visuais, a serem usados à toda hora ou durante atividades específicas.
Lentes ligeiramente tingidas ou escuras podem ser usadas pela criança sensível à luz, em lugares fechados e ao ar livre.
- Lentes de aumento manuais ou lentes de amplificação
São usadas para aumentar o tamanho da imagem e melhoram o funcionamento visual de crianças com quase todos os distúrbios visuais. Esses ampliadores podem ser usados para tarefas como ler, escrever e estudo de arte.
Essas lentes existem também na forma eletrônica (Lupa Eletrônica), na qual é possível exibir a imagem ampliada numa TV.

Telelupas (mini-telescópios)
Seguros na mão ou em armações de óculos são usados por crianças para ver objetos distantes, como quadros negros e demonstrações de sala de aula, ou para identificar ônibus, sinais de rua, e assim por diante. Quando uma criança está usando um telescópio para ler o quadro negro, ela pode achar útil sentar-se na coluna central de carteiras, na distância que lhe for mais adequada.

Recursos não ópticos
Os dispositivos não-ópticos não envolvem lentes, e podem ou não ser especificamente projetados para pessoas deficientes da visão. Entre os recursos mais usados podemos citar réguas com marcações, material dourado Montessoriano, painéis táteis e auto-colantes além de sistemas para reprodução tátil em folhas plásticas (equipamentos denominados Thermoform) e papel microencapsulado (capazes de produzir relevos a partir de desenhos gerados numa impressora comum).
Nos países desenvolvidos, existem muitas empresas que vendem tais recursos prontos para uso. No Brasil, entretanto, é quase impossível conseguir isso, pois há pouquíssimas empresas que se dedicam a este tipo de comércio, e cobram caríssimo, pois o material que vendem é quase todo importado.

Resta então ao professor produzir seu material a partir dos recursos a que tiver acesso, incluindo materiais criativos e reciclados, além de isopor, madeira, rotex, feltro, cortiça etc. Como exemplo de adaptações:
- Canetas tipo pincel atômico para produzir marcas grossas visíveis por pessoas com visão reduzida.
- Acetato – Normalmente preferido em amarelo ao ser colocado sobre a página impressa escurecerá a impressão, assim como também intensificará o contraste da impressão com o papel de fundo.
- Livros com letras ampliadas, gerados a partir de impressão escalada na máquina xerox.
- Papel com pautas em negrito, obtido com xerox ou mimeógrafo.
- Marcadores de página e molduras de papelão (janelas de leitura) – especialmente úteis a crianças que têm dificuldade para focar uma palavra ou localizar uma linha de impressão
- Viseiras de sol e outras proteções
- Instrumentos de medida comuns (réguas, esquadros) ao qual se adiciona rotex braille (fita autocolante com texto).

Adaptação curricular
Todo esse arsenal de recursos, infelizmente, é insuficiente para promover uma ponte entre as necessidades inerentes ao currículo que é usado para as pessoas normais e pessoas com deficiência visual.
Imagine, por exemplo, uma cartilha, em que praticamente todas as páginas contêm imagens e nas quais o formato das letras que estão sendo ensinadas imita o formato da figura.

Como transcrever isso para um código puramente textual, como Braille?
Descrevendo as figuras? Neste caso, a razão maior da existência das figuras perde totalmente o sentido. Já para uma criança com visão reduzida, a ampliação em xerox será suficiente? Talvez sim, talvez não. Pode ser que o desenho ampliado fique tão grande que a criança com visão lateral não consiga ter a noção do seu todo.
É necessário adaptar. A adaptação pode ser muito simples como uma descrição em palavras. Ou um completo redesenho na estratégia usada para passar o conceito.
As adaptações deverão ser efetuadas evidenciando a descrição textual e tátil do aspecto visual do mundo, e de tudo que puder traduzir o mundo na perspectiva de sua aparência exterior.
Quem faz essa adaptação? Pode ser o próprio professor, o material pode já vir adaptado de um centro de transcrição (por exemplo, o Instituto Benjamin Constant tem uma equipe de adaptação de materiais didáticos, que transcreve muitos dos livros didáticos aprovados pelo MEC para uso nas escolas públicas).
É importante frisar: uma adaptação completa não é uma tarefa simples, e será muito demorada quando se desejar que seja bem realizada. Desta forma, é fundamental que numa classe inclusiva, a maior quantidade possível material didático, em especial os livros e apostilas que serão usados pelo aluno deficiente visual, devem ser entregue previamente com todas as adaptações ao professor, pois este não terá tempo hábil para produzi-las.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Alunos aprovados em Vestibular



No momento dos exames vestibulares e no decorrer do curso superior devem ser adotando vários procedimentos. O professor especialista deve acompanhar a pessoa e disponibilizar todo o material necessário para a pessoa com deficiência visual no momento de prestar o vestibular. O acesso do aluno com deficiência visual no ensino superior deve observar o que preconiza a Portaria nº 1679 de 02/12/99, pautando-se estratégias que lhe ofereça a oportunidade de acompanhar as diversas disciplinas do curso e de propiciar sua integração social ao grupo, dando lhe condições de locomover-se adequadamente.

Duas Salas DV- Autorizadas


Sala de Recursos- DV

Uma parte da sala de recurso da E.E.de ensino Médio Gustavo Langsch
Polivalente São Luiz Gonzaga-RS

Sala de recursos é um ambiente com equipamentos, materiais e recursos pedagógicos específicos à natureza das necessidades especiais do aluno.Nesse ambiente se oferece a complementação do atendimento educacional realizado em classes do ensino comum, por professores especializados. Nesta sala deverão ser atendidos os alunos de diversas faixas etárias, matriculados em diferentes níveis ou tipo de ensino, sempre que necessitarem de atendimento especializado, como complemento do ensino ministrado em classe comum.

O atendimento em sala de recursos deverá ser realizado no turno inverso ao da classe comum ou especial do ensino regular.Sendo o atendimento para apoiar a participação do aluno com deficiência visual na escola e na comunidade, informar a comunidade escolar sobre a legislação e normas educacionais vigentes que beneficiam o deficiente visual; prestar assessoramento técnico pedagógico aos professores da rede regular de ensino, para elaboração de plano de atendimento adequado às necessidade individuais dos alunos; prestar apoio pedagógico especializado ao aluno no processo ensino pedagógico, fornecer material didático especializado ou adaptado, necessário ao desenvolvimento do currículo. Buscar o envolvimento das famílias na educação e inclusão escolar do aluno com deficiência visual.


Sala de Recurso- DV

Os alunos com deficiência visual devem freqüentar a classe comum do ensino regular. Mas a escola deve oferecer uma sala de recursos com um professor especializado.

O espaço físico,cabe à escola destinar espaços físicos adequados para a montagem de uma sala de recursos.O equipamento mínimo necessário inclui máquinas de datilografia Perkins? Braille, máquinas de datilografia que ampliam, auxílios ópticos, gravador, máquina para reprografia.Deve incluir também punções, refletes de mesa e de bolso, bengala, sorobã, livros em Braille, papel para escrita em Braille,mapas com relevos, livros em Braille, maquetes, figuras geométricas em alto relevo,lupas, luminárias, computador com sistema DosVox (ver fotos)

Os alunos da sala de recursos para deficientes visuais da Escola Polivalente em parceria com a STYLLO’S Centro de Qualificação Profissional, estão recebendo um curso de informática com ênfase no DosVox.


O curso possui como objetivo capacitar o aluno deficiente visual a tornar-se um usuário do computador, utilizando a informática como instrumento para criação de um ambiente interativo, lúdico e interdisciplinar de aprendizagem por intermédio do DosVox.

O curso acontece na Sala de Recursos e as aulas são ministradas por instrutores de informática, da STYLLU’S acompanhados pela professora de Ed. Especial responsável pela Sala de Recursos.Uma pessoa com deficiência visual,pode ter algumas limitações que poderão trazer obstáculos ao seu no seu dia-a-dia no trabalho.Mas grande parte destas limitações pode ser eliminada através de uma educação voltada à realidade desses sujeitos, e o uso da tecnologia para diminuir as barreiras.

Desde a invenção do Código Braille, nada teve tanta importância nos programas de Educação, reabilitação e emprego quanto o recente desenvolvimento da informática para DV.O Braille possibilitou a leitura ao cego pelo tato, os livros sonoros, pela audição, com acesso a informática a pessoa com deficiência visual se comunica e acessa a informação muito mais facilmente. A informática com o Braille,entrou na vida das pessoas com deficiência visual como um vertiginoso meio de inclusão social, abrindo um horizonte de informações, educação, cultura e comunicação.

Orietação -Deficiência Visual.


Ecolacalização- É a habilidade de transmitir um som e perceber as qualidades do eco.As crianças cegas arrastam os pés como se estivessem varrendo o chão, assim utilizam o chão como forma de ressonância auditiva, como mais um meio de orientação no ambiente.
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A ecolocalização capacita a pessoa cega a adquirir informações sobre as dimensões das habitações,à presença de objetos no ambiente e a direções das portas e janela. A localização do som depende da fonte sonora.O som desta fonte deve ter uma duração suficiente que permita ao indivíduo medi-la auditivamente.Desta forma a professora deve observar as crianças e oportunizar atividades de jogos com diferentes sons.Exemplo uma bola sonora.Colocar várias sementes, pedrinhas, para que o aluno perceba a direção para onde a bola está rolando.
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A chamada Sombra sonora é capacidade de uma pessoa cega detectar troncos de árvores, postes, carros estacionados no meio fio, as esquinas dos prédios e outros obstáculos.Essa sub-habilidade deverá ser bem exercitada na escola.O professor deverá exercitar as atividades em colaboração com os pais, por meio de situações simuladas.
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Tato ativo.
Os receptores térmicos na pele fornecem indicações de orientação, pela indicação dos pontos cardeais. Pela manhã, o sol (calor) incidindo na face ou nas costas do aluno.Essa atividade indica à pessoa cega que ela está se dirigindo para uma área da cidade ou da escola que está na direção leste.Indica também que ele pode estar caminhando em áreas não abrigadas, pois o sol na pele lugares ensolarados.O movimento do ar pela pele indica também a detectar se na sala de aula existe ventilador.
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Cinestesia -É a sensibilidade para perceber os movimentos musculares ou das articulações.Assim eles devem ser exercitados para detectar as inclinações ou desníveis nas superfícies por onde caminham.Cabe então aos professores e familiares desenvolverem atividades que utilizem essas características no solo e que o mesmo também possa através da repetição de subir, descer escadas , movimentos de direita, esquerda, de realizar movimentos de girar tendo o seu próprio corpo como eixo,desenvolvendo assim a memória muscular, o sentido vestibular ou também chamado labiríntico.
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A questão do olfato é um sentido de longo alcance de pode fornecer pistas para a orientação, localização de vários ambientes.Ela não pode realizar sempre os mesmos deslocamentos pelas mesmas ruas.Ela só vai aprender o mundo pela interação direta com os ambientes da escola, da residência dela bem como dos ambientes externos que freqüentar.
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As crianças de baixa visão precisam muito também da orientação e da mobilidade, por esse motivo o professor e os familiares devem estar sempre atentos para a criação de novas pistas visuais como focos luminosos, indicadores de corredor, de janelas e portas abertas, cantina etc. Sendo que estas indicações devem ser escritas com letras grandes ou utilizar um sistema de som para que o aluno com essa deficiência possa sentir-se seguro para passar de um nível cognitivo para outro mais elevado.
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Concluímos que todos devem colaborar no ambiente escolar, para tornar o processo de aprendizagem desses alunos o mais prazeroso possível para aliviar os impactos que deficiência provoca na criança, no adolescente e também no adulto.

Como o professor deve orientar o aluno com deficiência visual para que o mesmo posso conhecer o mundo e se relacionar com os colegas através das outras percepções sensoriais?



A proposta pedagógica das salas de recursos deve sempre enfatizar aspectos do desenvolvimento afetivo,cognitivo, social e físico.Privilegiando o atendimento das necessidades do aluno e envolvendo a família, sempre que possível. Os recursos pedagógicos variados, métodos e técnicas devem ser a preocupação de todos os que rodeiam as crianças,os adolescentes e adultos com deficiência visual, seja ela cegueira total como com visão subnormal.


A criança deficiente conhece pelo som as qualidades acústicas de sua casa, reconhecendo cada ambiente.Desde pequena ela deve ser estimulada a tomar consciência de qualquer som que possibilite sua orientação.

A professora deve orientar a criança sobre os diferentes sons e ajudar a criança descobrir que podem ser indicadores de orientação. O próprio som que a bengala faz no chão quando o aluno usa para se locomover.


Como acompanho os alunos da sala de recursos da escola onde trabalho, percebo muito bem esses acontecimentos.Tem um aluno que está na 3ª série atualmente, quando ele chegou na escola para estudar, freqüentar a sala de aula normal e a sala de recursos, ele sempre balançava a cabeça. Conversando com ele, nos informou que para captar um som especifico entre tantos sons que existiam na escola.Tanto que no início ele não gostava de brincar no recreio junto com os demais e ele tinha um outro hábito para identificar os objetos. Ele usa a língua.Como expliquei acima a com a língua descobrimos o paladar, mas ele também usava a língua para o tato. Muitas e muitas vezes ele chegava no Lab de informática e comentava do cheiro que tinha na sala.Dizia ele: Esta sala tem cheiro diferente da sala da minha casa e diferente também da sala da professora Gisélia.


Ele inicialmente usava a língua, para saber como era a parede da sala. Ele era filho único e morava no interior do município.Agora depois de três anos ele já não balança tanto a cabeça como também já participou de um festival de música na escola.No laboratório de informática da escola ele participou de vários projetos com sua turma.Por muito tempo ele ficou intrigado com um fato.Eu sou profª do lab de informática, conversava sempre com ele, pois ele é muito comunicativo, mas quando ele chegava na secretária da escola a secretária Ana que conversava muito com ele, notava que ele fazia muitas perguntas e prestava atenção quando ela respondia e chamava ela de Callai e às vezes no laboratório de informática me chamava de Ana.Nunca havíamos explicado para ele que a Ana e eu(Eloisa Callai) são irmãs, tanto foi, que um dia ele reclamou, não estou entendendo nada.Eu estou aqui na informática tem a Callai com uma voz, quando vou na secretaria tem a Ana com mesma voz como é isso ? É uma pessoa só? São duas com a voz parecida?Expliquei que éramos irmãs, e realmente nossa voz é muito parecida.
E realizamos uma experiência com ele.Nós duas conversamos com ele ao mesmo tempo, ele ria e dizia como pode duas pessoas com a voz igual?


Contei aqui um exemplo de como um aluno com deficiência visual, deve ser orientado para entender as várias indicações ou pistas auditivas que aparecem no ambiente escolar.Ex:o som de uma torneira aberta, troca de sons de passos das pessoas nos corredores da escola.Assim qualquer som tem o potencial de se converter em um auxílio para a orientação.

Deficiência Visual

Sistema Nervoso



O sistema nervoso é constituído de centros de coordenação e de uma rede de nervos que recebem estímulos e propagam impulsos, assim o sistema nervoso recebe informações, estímulos de fora e de dentro do corpo, decide o que fazer e transmite a resposta adequada. Por sua fragilidade e importância, o sistema nervoso central recebe proteções naturais eficientes. O equilíbrio da vida vegetativa é garantido pela ação antagônica dos nervos simpáticos e parassimpáticos. Os reflexos medulares permitem que o nosso corpo se defenda rapidamente de algum tipo de agressão. O ser humano necessita dos seus sentidos para aprender a se relacionar com o meu ambiente em que vive. Portanto através de suas diversas partes, o sistema nervoso é muito importante em nosso desenvolvimento intelectual


Órgãos do sentido e as sensações externas e internas.


Os órgãos do sentido possuem terminações nervosas especializadas capazes de receber a sensação e esta é percebida por um nervo que transmite impulsos elétricos ao cérebro, que o responsável pela interpretação da mensagem. Enquanto que os receptores internos estão localizados nos músculos, articulações, vísceras, vasos sangüíneos. Através desses receptores e dos nervos, o cérebro fica sabendo tudo sobre o que se passa dentro do corpo.É assim que não sentimos fome, como sabemos que é preciso comer? Se não sentimos sede, como sabemos que é preciso beber água?


Olfato -Paladar -Tato -Visão -Audição


Estando nos portões de entrada do ar e da comida, o olfato e o paladar nos avisam se tudo está em ordem.


Olfato é a capacidade de reconhecermos o cheiro das substâncias.O nariz apresenta o muco, material viscoso onde se encontra a mucosa olfativa, assim só vamos sentir o cheiro das substâncias que desprendem moléculas que se espalham no ar.




Paladar ele vigia o que comemos.As papilas gustativas que se distribuem em determinas zonas da língua percebem quatro sabores fundamentais: doce, salgado, azedo (ácido) e o amargo. Mas só vamos descobrir o sabor das substâncias que se dissolvem no muco que recobrem a língua.

Sensação de contato.

A pele envolve completamente o nosso corpo.Ela fornece informações valiosas para o nosso organismo.Ela é formada por camadas, onde se encontram glândulas, vasos sangüíneos e terminações nervosas, como também os pêlos e unhas.Desta forma o ser humano constata as sensações de (quente, frio, úmido,grosso,seco,liso, áspero, macio, duro, micróbios e as radiações ultravioletas e infravermelhas). a pele possui sensibilidade de contato, ou seja, o tato. As extremidades dos dedos percebem, em média, seis sensações táteis de cada vez.A pele da que cobre a parte dos dedos apresenta sulcos e relevos, formando desenhos (impressão digital)e essas impressões digitais são característicos de cada pessoas, são únicos e não mudam com o passar dos anos. A escrita,o alfabeto Braille é baseada na capacidade tátil, permitindo que as pessoas cegas possam ler e estudar.

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O olho é apenas um captador de imagens, assim como o ouvido capta os sons. Quem “vê” e “ouve” são as áreas cerebrais responsáveis pela interpretação dos estímulos luminosos e sonoros.Mas ambos têm uma coisa em comum são dois sentidos capazes de captar fenômenos que se passam distantes do nosso corpo. Eles são telereceptores, mas é preciso que a luz que parte de um objeto chegue até os nossos olhos e que as ondas sonoras vindas de uma fonte qualquer penetrem em nossos ouvidos.



As delicadas estruturas no ouvido recebem, amplificam e transmitem os estímulos sonoros e o cérebro ouve.Assim através da visão e da audição combinada com a fala, o homem dispõe de dois mecanismos extraordinários de comunicação.O aparelho vocal está situado no caminho do ar que entra e sai dos pulmões.A intensidade da voz depende da força com que o ar é expelido e também da ressonância produzida na laringe, faringe, boca e nariz.Cada pessoa possui uma voz tão característica que podemos sempre ser reconhecê-la.


Deficiência Visual


A expressão deficiente visual se refere às pessoas com cegueira, perda total da visão, podendo ser adquirida, ou congênita. Como também pessoas com visão subnormal ou baixa visão.


No caso em que o indivíduo já nasça sem a capacidade da visão , ele não vai possuir memórias visuais, ou seja, não vai ter lembranças das imagens, das cores etc.Caso a pessoa venha a perder totalmente o sentido da visão, consegue se lembrar de fatos, imagens, luz que conheceu, sendo que esses elementos da sua lembrança muito úteis para a sua readaptação. Ela tem consciência do que não está vendo, do que não está mais enxergando aqueles objetos, aqueles ambientes que eram tão importantes para ela.


A definição mais simples para a visão subnormal é a incapacidade de enxergar com clareza suficiente os dedos da mão de uma pessoa numa distância de três metros à luz do dia. Os especialistas, terapeutas e educadores trabalham atualmente com as pessoas com visão subnormal aproveitando esse potencial residual de visão.



A visão é o canal mais usado para aproximar as pessoas no relacionamento no dia-a-dia.Como também para o indivíduo se relacionar com o mundo exterior.Ela capta registros próximos ou distantes e permite que o cérebro organize as informações trazidas pelos outros órgãos dos sentidos.

Enxergar não é uma habilidade inata segundo estudos mais recentes, o ser humano precisa aprender a ver. As funções visuais se desenvolvem durante os primeiros anos de vida. Assim, o impacto da deficiência visual seja ela congênita ou adquirida sobre o desenvolvimento da pessoa é muito traumática e variando de indivíduo para indivíduo, acarretando outras perdas, como perdas emocionais, perdas na mobilidade, na execução das suas atividade diárias, como perda da produtividade no trabalho e na aprendizagem.
A integração da criança, do jovem e até mesmo do adulto no ambiente escolar deve ser um processo gradual e dinâmico, atendendo as necessidades e as características de cada indivíduo. Por esse motivo adequação e a adaptação das atividades para incluir as pessoas com deficiência visual no processo da aprendizagem deve ser estruturada e organizada de uma maneira tal que os mesmos venham colher resultados sempre positivos.


A proposta pedagógica da sala de recurso deve sempre enfatizar os aspectos do desenvolvimento afetivo, cognitivo, social e físico. Privilegiando o atendimento das necessidades do aluno e envolvendo a família, sempre que possível. Os recursos pedagógicos variados, métodos e técnicas devem ser a preocupação de todos os que rodeiam as crianças, os adolescentes e adultos com deficiência visual, seja ela cegueira total como com visão subnormal.

Segue o assunto na proxima postagem.

domingo, 22 de abril de 2007

DORINHA...

Vejam, que legal esta iniciativa...
Chegou às bancas a mais nova personagem da Turma da Mônica. No Gibi da Mônica número 221, Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Marina dão as boas vindas à nova personagem Dorinha, uma deficiente visual. Segundo Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, Dorinha mostrará aos amigos uma nova maneira de ver a vida: "Ela vai mostrar às crianças como ouvir o som do mundo, sentir seus perfumes e sugerir a inclusão, onde todos se tratam de igual para igual". Dorinha aparece em sua primeira historinha com roupas fashion, corte de cabelo moderno, óculos escuros e com uma bengalinha na mão. A garota só anda acompanhada de seu cachorro labrador, chamado Radar, que serve de guia. Extrovertida, ela logo faz amizade com a turma e decide brincar com os novos amigos, surpreendendo todos com sua capacidade de sentir o mundo através do tato, da audição e do olfato. O nome de Dorinha foi escolhido em homenagem a Dorina Nowil, uma mulher que perdeu a visão quando ainda era criança, mas não se abateu: ela enfrentou o problema e hoje é um exemplo de força com sua Fundação Dorina Nowil, que trata de cegos. O Brasil e os deficientes visuais Segundo o Conselho Brasileiro de Oftamologia, no Brasil existem 1,2 milhões de cegos e 4 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que, em média, 500 mil crianças ficam cegas anualmente. Mauricio de Sousa decidiu abordar o tema em suas historinhas para mostrar que as crianças cegas têm a mesma capacidade de aprender, sentir e brincar que as outras. "No Brasil, as crianças deficientes são segregadas. Nos quadrinhos poderemos mostrar do que elas são capazes. Tanto que a Dorinha vai participar das aventuras como qualquer outro personagem", afirma o desenhista.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

SOLUÇÃO??

Qual a melhor solução para os problemas dos portadores de deficiência visual/cegueira no uso do computador?
Não sei se é a solução, mas ajuda bastante o sistema DOSVOX que é um sistema para microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, que adquirem assim, um alto grau de independência no estudo e no trabalho.
O sistema realiza a comunicação com o deficiente visual através de síntese de voz em Português, sendo que a síntese de textos pode ser configurada para outros idiomas.
O que diferencia o DOSVOX de outros sistemas voltados para uso por deficientes visuais é que no DOSVOX, a comunicação homem-máquina é muito mais simples, e leva em conta as especificidades e limitações dessas pessoas. Ao invés de simplesmente ler o que está escrito na tela, o DOSVOX estabelece um diálogo amigável, através de programas específicos e interfaces adaptativas. Isso o torna insuperável em qualidade e facilidade de uso para os usuários que vêm no computador um meio de comunicação e acesso que deve ser o mais confortável e amigável possível.
Grande parte das mensagens sonoras emitidas pelo DOSVOX é feita em voz humana gravada. Isso significa que ele é um sistema com baixo índice de estresse para o usuário, mesmo com uso prolongado.
O projeto DOSVOX é uma cunha que abriu novos espaços a uma parte importante da população brasileira, que tem um potencial imenso a ser explorado, caso lhes sejam fornecidas as ferramentas e oportunidades convenientes. É inegável que com a disseminação do sistema DOSVOX, que é o mais adaptado à realidade da imensa maioria dos deficientes visuais do Brasil, essas pessoas tornaram-se mais produtivas e em quase todos os casos, indivíduos mais integrados à sociedade.
O sistema DOSVOX foi criado utilizando tecnologia brasileira, adequada às necessidades e especificidades dos deficientes do Brasil e de países que não são ricos. Em particular, o impacto do sistema DOSVOX sobre os deficientes visuais brasileiros é imenso, e isso foi centenas de vezes constatado e divulgado pelos jornais, rádio e TV.
O DOSVOX não resolve todos os problemas, mas ajuda a resolver muitos deles:
- a leitura e escrita passam a ser acessíveis e compatíveis com a das pessoas que não são deficientes visuais;
- a educação é alavancada pelo uso do computador;
- novas possibilidades de trabalho podem agora ser almejadas;
- diversas novas opções de lazer agora estão disponíveis;
- a Internet e suas múltiplas opções podem ser muito exploradas através do DOSVOX
O DOSVOX pode ser visto como uma ferramenta sem a qual as coisas ficam muito mais difíceis para o deficiente visual. Entretanto, para que ela possa continuar a ser efetivamente importante, são necessárias ações continuadas, e que sejam aplicadas ao maior número de deficientes visuais do nosso país. Isso depende do esforço de todos: é um esforço social e político, nunca dissociado do esforço de desenvolvimento técnico.

terça-feira, 17 de abril de 2007

domingo, 15 de abril de 2007

AINDA SOBRE AS DIFICULDADES NO USO DO PC


O surgimento do sistema de escrita e leitura criado por um cego - cujo sobrenome lhe deu a designação, Sistema Braille - passou a abrir novas portas para a comunicação, educação e cultura de pessoas cegas.
A escrita, de forma geral, era possível de ser realizada por um cego sem que soubesse o Braille, desde que este aprendesse datilografia ou compreendesse as formas das letras e as desenhasse de próprio punho. Isso ainda podia ser feito com total independência. O "x" da questão era a leitura! Como uma pessoa cega poderia ler o que escreveu na máquina de datilografia ou em uma folha de papel? O sistema de escrita e, principalmente, de leitura Braille foi o primeiro a resolver essa questão. Através de um método lógico de pontos em relevo, distribuídos em duas colunas de três pontos para cada símbolo ou letra, uma pessoa cega pode,através do tato das pontas de seus dedos, ler o que, com um aparelho especial denominado reglete e uma pulsão, "desenhou" anteriormente. Ou seja, pode ler e escrever com suas mãos! O problema desse método ainda hoje é o de ser um sistema tão específico que acabou por se restringir aos cegos.
Essa questão particular foi eliminada a partir de meados dos anos 90 pela introdução dos editores de texto dos micro-computadores. A informática, como o Braille, entrou na vida das pessoas cegas como um vertiginoso meio de integração social, abrindo um horizonte infinito de informação, educação, cultura, mercado de trabalho e comunicação . Com os editores de texto, ledores de tela e sintetizadores de voz conjugados podemos trocar e-mails com pessoas de qualquer parte do mundo, ler com total independência qualquer jornal internacional ou brasileiro, livros escaneados, listas de discussão e jogos de entretenimento feitos especialmente para nós!
Essa "coisa" de informática foi tão desbravadora que hoje podemos conversar ou trocar textos através de e-mails com surdos sem mesmo um e outro saberem que quem está do outro lado da linha de comunicação tem alguma característica especial. Nossos softwares podem ler toda a tela do computador, apenas uma linha escolhida, uma palavra ou mesmo letra a letra, quando temos alguma dúvida sobre o que está escrito. Mas, como tudo que é bom tem seu defeito, a informatização do segmento dos cegos depende muito dos recursos financeiros individuais, da atualização das instituições de/para cegos, das faculdades e escolas regulares em absorver essas novas necessidades especiais.
Outro problema é o fato de que passamos a escutar o que antes líamos com as mãos e podíamos ir absorvendo a construção ortográfica das palavras. Quando o computador lê um texto para um cego não diz se cego se escreve com "c" ou com "s" e a sonoridade é a mesma. Igualmente acontece com os livros gravados em fitas cassete. Possuímos bibliotecas, diria melhor, fitotecas, de até dez mil títulos gravados que não podem nos dizer ou relembrar se casa se escreve com "s". Nesse caso, o método Braille ainda é único, pois nenhum doido vai colocar um computador para ler letra a letra de um texto que ocupe a tela inteira!
Hoje em dia, apesar de todas as dificuldades que temos, a tecnologia torna um indivíduo cego muito mais habilitado a tarefas antes impossíveis. A dificuldade maior está na sociedade perceber essa evolução e acreditar mais capacidade de participação dos deficientes visuais.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

A TECNOLOGIA E OS DEFICIENTES VISUAIS

O que muda na vida de um deficiente visual com a tecnologia de computação ?

A modificação das relações entre deficiente visual e a cultura pode ser definida com uma única frase: "Um cego agora pode escrever e ser lido e ler o que os outros escreveram".
Explicando melhor:
a) a leitura e escrita das pessoas cegas, tradicionalmente, se faz através do sistema Braille. Entretanto, raríssimas pessoas que enxergam conseguem ler ou escrever Braille (muito menos com fluência). Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só escrevia para outro cego ler.
b) ao precisar ler um texto com escrita convencional, era necessário alguém que traduzisse para Braille ou lesse o texto, provavelmente gravando em fita cassete.
c) embora uma pessoa cega pudesse escrever à máquina, o resultado quase sempre era ruim, pois era muito difícil corrigir ou escrever um texto, parar e depois voltar a escrever.
A tecnologia de computação tornou possível o rompimento dessas barreiras e muitas mais. -
- Com o uso de "scanners", o cego pode ler escrita convencional (datilografada) diretamente.
- Um texto grande em Braille demorava horas para ser criado manualmente. Hoje demora minutos com o uso de impressoras Braille.
- Através da Internet, qualquer documento de qualquer parte do mundo pode ser transmitido com um mínimo de esforço e custo muito baixo, e traduzido para "qualquer" língua. Desta forma, um texto do New York Times pode ser lido por um cego em português no mesmo momento em que o jornal sai nos Estados Unidos, em inglês, usando a tecnologia de tradução da web.
- Os limites são muito mais amplos do que se possa imaginar: instrumentos eletrônicos podem ser conectados ao computador, e um cego consegue fazer arranjos orquestrais e imprimir partituras; um cego pode andar sozinho pela rua, guiado por um computador acoplado a um sistema de posicionamento global (GPS); um cego pode até mesmo desenhar, usando o computador.
Em síntese, o acesso à cultura atinge níveis espantosamente melhores do que há poucos anos atrás.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

A SUPERAÇÃO DE LIMITES PARA CONQUISTAR UM SONHO

Este é o título de uma reportagem que saiu dia 26 de março no jornal "A Notícia" de nossa cidade. Fala do sonho de Luciana Maciel, uma deficiente visual, que perdeu a visão aos 5 anos e nunca deixou o sonho de se tornar compositora, lançar um CD e revelar seus ideais através da música. Hoje ela 24 anos e se dedica há seis meses a aulas de violão e composição. É ex-aluna da escola Polivalente, onde trabalha a colega Eloísa, já participou de festivais e o objetivo dela é divulgar o seu trabalho, como forma de superar mais um limite, aprender uma profissão, sem nunca desistir.
E conseguiu...atualmente se prepara para lançar um CD, com 13 faixas, de estilo nativista e gauchesca e, como referência, a sua história de vida. A música referencial é intitulada "Minha história", que relata seu cotidiano desde a infância até os dias atuais.
A imagem acima é do jornal, está difícil de ler, a resolução não ficou boa.
Está aí um belo exemplo de vida para todos nós...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

A TECNOLOGIA AO ALCANCE DOS DEFICIENTES VISUAIS

Achei muito interessante o que vi esta semana. Os controles das novas TVs plasma que estão chegando no mercado consumidor, estão vindo com teclas de ligar, mudar canais e volume em braille. É muito bom saber que cada vez mais as tecnologias estão ao alcance dos deficientes visuais. Beleza...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Informações

Encontrei estes endereços. Achei muito interessante. Quero aqui compartilhar.

http://www.bengalalegal.com

http://www.bengalalegal.com/cegos.php

domingo, 1 de abril de 2007

DIFICULDADES DOS DEFICIENTES VISUAIS NO USO DO COMPUTADOR



Estudar, fazer compras, ter acesso a prédios públicos, exercer uma atividade profissional... Para os que andam, enxergam e ouvem, tudo isso pode parecer rotina. Mas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10% da população brasileira é portadora de algum tipo de deficiência , o que transforma a vida em um enorme desafio.
Dados revelam (Censo 2000), que o Brasil possui 24,6 milhões de cidadãos com deficiência, ou seja, 14,5% da população brasileira. Desses, 14 milhões portam algum tipo de problema visual e 160 mil são cegos. Uma preocupação dos governantes é a de incluir na vida econômica e social as pessoas com necessidades especiais, fornecendo soluções para que se integrem. Estamos falando de acessibilidade.
O maior problema enfrentado por deficientes visuais ao usar computadores são as dificuldades em obter informações apresentadas visualmente, ou seja, identificar informações disponíveis na tela. e a navegação por meio do teclado.

Assim como na vida real - em que a inadequação das cidades é um transtorno para os deficientes -, no mundo virtual também são necessários ajustes. Muitas páginas, bonitas e funcionais para quem pode enxergar, precisam de adaptações para se adequar aos cegos. De nada adianta, por exemplo, páginas coalhadas de desenhos se os ícones não forem acompanhados de palavras que possam ser decodificadas. Têm de estar escritas letra por letra para que possam ser lidas pelo programa que as transforma em som.
Mesmo diante dos problemas e dificuldades ainda enfrentados pelos portadores de deficiência visual, felizmente está havendo um movimento, quase que mundial, no sentido de prover formas de apresentação que são mais acessíveis, mas é claro que isso tudo vai acontecendo paulatinamente. Há pouco tempo atrás, a pessoa não tinha acesso a nada e de repente tem acesso a um mundo de coisas.
A tecnologia torna um indivíduo cego muito mais habilitado a tarefas antes impossíveis.
Para a pessoa cega, a comunicação pela Internet é especialmente importante por duas razões: a eliminação da necessidade da locomoção, que é normalmente um entrave para o cego, e o fato de que do outro lado da Internet, ninguém precisa realmente saber se o parceiro é ou não cego. Assim, pelo menos numa comunicação inicial, a pessoa cega é vista como uma pessoa não deficiente pelo parceiro.

Acessibilidade na internet ou acessibilidade na web significa permitir o acesso de todos à rede mundial de computadores independente do tipo de usuário. É tornar as ferramentas eletrônicas acessíveis a um maior número de usuários, inclusive pessoas com deficiências.

sábado, 31 de março de 2007

AINDA SOBRE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS

Tecnologias assistivas são recursos e serviços que visam facilitar o desenvolvimento de atividades da vida diária por pessoas com deficiência. Procuram aumentar capacidades funcionais e, assim, promover a autonomia e a independência de quem as utiliza. Existem tecnologias assistivas para auxiliar na locomoção, no acesso à informação e na comunicação, no controle do ambiente, e em diversas atividades do cotidiano, como o estudo, o trabalho e o lazer. Cadeiras de rodas, bengalas, órteses e próteses, lupas, aparelhos auditivos e o controles remotos são alguns exemplos de tecnologias assistivas.

quinta-feira, 29 de março de 2007

quarta-feira, 28 de março de 2007

TACNOLOGIAS ASSISTIVAS

Realizei algumas leituras acerca do nosso tema e percebi que é um tema muito discutido atualmente. Encontrei bastante material e vou iniciar as reflexões com um conceito sobre as tecnologias assistivas. Precisamos saber o que é, para depois saber como utiliza-la.
Tecnologia Assistiva é um termo utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão.
Visa proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. Tecnologia assistiva representa a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer.)

quinta-feira, 22 de março de 2007

DÚVIDAS - PROBLEMAS - PERGUNTAS DO NOSSO TEMA

Estamos sem maiores informações se já podemos ir realizando esta tarefa, mas como temos tantas coisas para fazer, nosso grupo já está providenciando material para responder as seguintes dúvidas-problemas acerca do tema escolhido, que é Deficiência visual/cegueira + Tecnologias Assistivas:

1. O que são tecnologias assistivas?

2. Quais os principais problemas enfrentados pelos portadores de deficiência visual/cegueira no uso das tecnologias? (computador)


3. Qual a melhor solução para os problemas dos portadores de deficiência visual/cegueira no uso do computador?

4. Como o professor deve orientar o aluno com deficiência visual para que o mesmo posso conhecer o mundo e se relacionar com os colegas através das outras percepções sensoriais?

5. O aluno com deficiência visual deve freqüentar a classe comum do ensino regular. Mas a escola deve oferecer uma sala de recursos com um professor especializado. Qual a importância desse professor no processo da aprendizagem do aluno com deficiência visual? E quais são? E como são os recursos didáticos aplicados no ambiente da sala de recursos no auxílio do processo de aprendizagem dos alunos com deficiência visual?
Já postamos nossas dúvidas no fórun do PROA 7 e lá está também o endereço deste blog.

quarta-feira, 21 de março de 2007

PROA 7 - DEFTEC


Este blog foi criado com o objetivo de postar as atividades realizadas no segundo módulo do seminário Proa 7, onde, em grupos , iremos levantar dúvidas provisórias - problemas, abrangendo pessoas com necessidades especiais e tecnologias. Nosso pequeno grupo é formado por mim, Neuza e pela colega Eloísa. Somos da turma 2, do R/S, e escolhemos o tema número 2: Pessoas com deficiência visual/cegueira e Tecnologias ( características sobre deficiência visual + tecnologias assistivas e outras tecnologias de aprendizagem para estas pessoas).
Este blog será usado por mim e pela Eloísa. Em breve, estaremos postando nossas dúvidas acerca do tema escolhido.