domingo, 13 de maio de 2007

CONCLUINDO...

O objetivo das Tecnologias Assistivas é proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
A escola, como uma instituição mediadora na construção do conhecimento, tendo como objetivo levar cultura para um número cada vez maior de pessoas, leva para si uma gama de responsabilidade muito grande. É através da escola que a sociedade adquire, fundamenta e modifica conceitos de participação, colaboração e adaptação. Embora outras instituições como família ou igreja tenha papel muito importante, é da escola a maior parcela.
Por isso, a escola com seus profissionais, deve assumir este compromisso, acreditando que as mudanças são possíveis desde que haja uma transformação nos atuais moldes do ensino, sendo a escola uma das instituições (senão a principal) responsável pela construção desta sociedade, atendendo a todos indiscriminadamente.
É importante ressaltar que a decisão sobre os recursos de acessibilidade que serão utilizados com os alunos, tem que partir de um estudo pormenorizado e individual, com cada aluno. Deve começar com uma análise detalhada e escuta aprofundada de suas necessidades, para, a partir daí, ir optando pelos recursos que melhor respondem a essas necessidades. Em alguns casos é necessária também a escuta de outros profissionais, como terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, antes da decisão sobre a melhor adaptação. Tudo deve ser construído a partir de pesquisas, estudos e adaptações feitas a partir das necessidades concretas dos alunos, pois cada um possui suas limitações.
Nosso desafio como profissionais da educação será o de trabalhar por uma escola inclusiva, com qualidade de ensino, pois sabe-se da importância da educação básica. A educação básica é a mola mestra do desenvolvimento econômico e social de um país. É claro que ela não está só neste desafio. Necessitamos de uma justiça que funcione, de uma saúde que abrigue a todos e de uma política comprometida com o cidadão. Quanto mais sistemas comuns da sociedade adotarem a inclusão, mais cedo se completará a construção de uma verdadeira sociedade para todos: a sociedade inclusivista.





Concluindo

Nome dos colegas do grupo:

Neuza Maria Engroff de Ávila e Eloísa Helena Callai

Turma: 2 RS

Nossasa dúvidas eram essas

1. O que são tecnologias assistivas?

2. Quais os principais problemas enfrentados pelos portadores de deficiência visual/cegueira no uso das tecnologias? (computador)

3. Qual a melhor solução para os problemas dos portadores de deficiência visual/cegueira no uso do computador?


4. Como o professor deve orientar o aluno com deficiência visual para que o mesmo posso conhecer o mundo e se relacionar com os colegas através das outras percepções sensoriais?

5. O aluno com deficiência visual deve freqüentar a classe comum do ensino regular. Mas a escola deve oferecer uma sala de recursos com um professor especializado. Qual a importância desse professor no processo da aprendizagem do aluno com deficiência visual?

E quais são? E como são os recursos didáticos aplicados no ambiente da sala de recursos no auxílio do processo de aprendizagem dos alunos com deficiência visual?

Transcrevo aqui as palavras da professora Gisélia Oliveira Weber Professora de Educação Especial. Responsável pela Sala de Recursos DV na E.E. de Ensino Médio Gustavo Langsch-Polivalente. São Luiz Gonzaga.
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“É nas salas de aula que crianças e adolescentes com NEE passam por momentos conflitantes quando são“forçados a acompanhar” o processo ensino aprendizagem.
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O que precisa acontecer no campo educacional é a sensibilização dos educadores no que diz respeito à criança com NEE. Esta criança também aprende,mas ela precisa primeiramente, ser aceita por todos. Ao sentir-se discriminada, ficará insegura e conseqüentemente irá aumentar a possibilidade da ocorrência de certas frustrações e situações conflitantes.
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O desenvolvimento e funcionamento cognitivo desta criança são qualitativamente semelhantes aos das outras crianças, mas podem dar-se em ritmo mais lento.
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A fim de que a escola se adapte a criança é necessárias mudanças em sua programação quanto aos objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação.
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Os objetivos devem ser diversificados. Alguns comuns a todos e outros de caráter individualizado em função das necessidades e possibilidades de cada indivíduo.
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Os conteúdos devem ser significativos e selecionados.Considerando que os mesmos são um meio para desenvolverem as capacidades do indivíduo.
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A metodologia deve favorecer a atividade do aluno, o trabalho deve ser de forma simples.Deve se utilizar todo tipo de recurso didático, aumentar o grau de comunicação e dedicar um pouco mais de tempo aos alunos com NEE, permitindo que cada um avance conforme seu ritmo.
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A Avaliação deve ser concebida como um processo, no sentido de valorizar e pontuar os progressos e avanços na aprendizagem e não para medir os resultados.

A escola tem um papel importante e pode ajudar a criança e o adolescente com NEE a desenvolver suas potencialidades intelectuais, desde que possibilitem a elas ocuparem o lugar de sujeitos aprendentes.
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Faz-se necessário uma nova postura pedagógica e um novo olhar da escola em relação às diversidades.”
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Entendemos que as diversidades de materiais didáticos que a sala de recursos DV dispõe não são suficientes para que o aluno cego seja incluído no processo de aprendizagem e na escola.O aluno com deficiência visual precisa de muito mais. Precisa de professores desafiadores, facilitadores, questionadores, que irão montar práticas exploratórias para integrar este aluno no convívio da comunidade escolar. Portanto a interação do especialista com a criança, com o aluno adolescente cego é que irá motivá-lo para a busca da leitura e da escrita, onde o objeto passa a ser expresso em sua simbologia. O tratamento dispensado a uma pessoa cega é importante para o contato afetivo e de segurança na sua aprendizagem

Assim concluímos que a estimulação tátil-auditiva e cinestésica de ser uma constante em todas as fases da aprendizagem dos alunos com DV. A maturidade sócio-emocional deve ser avaliada como pré-requisito para a autonomia do aluno na sua integração social com independência para realizar tarefas diversas as quais ele encontrará no decorrer da sua vida estudantil.
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Se você quer saber mais sobre este assunto do Blog dou uma dica.


O Estatuto da Pessoa com Deficência no TÍTULO IV Da Ciência e Tecnologia Art.74.

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No endereço abaixo você encontra também notícias sobre Equoterapia

Notícia

http://www.anoticia.com/index.php?option=com_content&task=view&id=827&Itemid=27

A notícia abaixo você encontra neste endereço acima.

Equoterapia na regiãoLeio que a Prefeitura de Santo Ângelo e a URI estão estudando a implantação de um centro de equoterapia, algo que São Luiz Gonzaga já possui há anos, graças ao inestimável apoio do 4º RCB. Essa ação do Regimento Dragões do Rio Grande é pioneira na região, beneficiando crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais.Oxalá a Capital das Missões consiga implantar um núcleo desse método terapêutico que utiliza o cavalo para possibilitar o desenvolvimento biopsicossocial dos menores, através de uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação.

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terça-feira, 1 de maio de 2007

INCLUSÃO E TECNOLOGIAS ASSISTIVAS


Há uma imensa quantidade de dispositivos tecnológicos que podem ser usados para auxiliar um deficiente visual e inseri-lo no processo escolar. Os dispositivos mais usados incluem:

- Computadores: Hoje estão sendo largamente usados, tanto nas escolas como no trabalho.

- Sintetizadores de voz : Um sintetizador de voz permite ao aluno deficiente visual ouvir o que aparece na tela de computador por um altofalante ou um fone de ouvido.

- Linhas Braille: Uma linha Braille é um dispositivo composto por uma fila de células braille eletrônicas, que podem reproduzir dinamicamente o texto enviado por um computador, permitindo a leitura em Braille sem usar papel.

- Impressão aumentada gerada por hardware: Um processador de tela com um monitor de computador grande permite ao aluno de visão subnormal controlar tamanho, contraste e brilho do programa apresentado na tela. O aluno pode dispor a página automaticamente em determinada velocidade ou apagar partes da tela que possam perturbar a leitura.

- Impressoras Braille. São impressoras especiais de computadores pessoais comuns que produzem material em Braille. É possível imprimir em Braille praticamente qualquer arquivo, mesmo contendo figuras (que são transcritas para a forma de desenhos táteis).

- Impressão aumentada gerada por software : Alguns softwares permitem ao usuário produzir impressão ampliada em impressoras comuns (a laser, a jato de tinta e semelhantes).

- Gravação de textos com indexação e sincronismo:Novas tecnologias de gravação permitem que sejam introduzidas marcas no texto gravado, que serve de índice para acesso direto a partes do textos, além de sincronização visando visualização de trechos em letras ampliadas e impressão Braille.

Recursos ópticos
Recursos ópticos são dispositivos prescritos por um especialista (oftalmologista). São compostos de uma ou mais lentes para aumentar ou ajustar a imagem visual.
- Óculos com prescrições especiais
Óculos bifocais, prismas, lentes de contato ou outras combinações de lentes podem ser prescritos para uma criança com limitações visuais, a serem usados à toda hora ou durante atividades específicas.
Lentes ligeiramente tingidas ou escuras podem ser usadas pela criança sensível à luz, em lugares fechados e ao ar livre.
- Lentes de aumento manuais ou lentes de amplificação
São usadas para aumentar o tamanho da imagem e melhoram o funcionamento visual de crianças com quase todos os distúrbios visuais. Esses ampliadores podem ser usados para tarefas como ler, escrever e estudo de arte.
Essas lentes existem também na forma eletrônica (Lupa Eletrônica), na qual é possível exibir a imagem ampliada numa TV.

Telelupas (mini-telescópios)
Seguros na mão ou em armações de óculos são usados por crianças para ver objetos distantes, como quadros negros e demonstrações de sala de aula, ou para identificar ônibus, sinais de rua, e assim por diante. Quando uma criança está usando um telescópio para ler o quadro negro, ela pode achar útil sentar-se na coluna central de carteiras, na distância que lhe for mais adequada.

Recursos não ópticos
Os dispositivos não-ópticos não envolvem lentes, e podem ou não ser especificamente projetados para pessoas deficientes da visão. Entre os recursos mais usados podemos citar réguas com marcações, material dourado Montessoriano, painéis táteis e auto-colantes além de sistemas para reprodução tátil em folhas plásticas (equipamentos denominados Thermoform) e papel microencapsulado (capazes de produzir relevos a partir de desenhos gerados numa impressora comum).
Nos países desenvolvidos, existem muitas empresas que vendem tais recursos prontos para uso. No Brasil, entretanto, é quase impossível conseguir isso, pois há pouquíssimas empresas que se dedicam a este tipo de comércio, e cobram caríssimo, pois o material que vendem é quase todo importado.

Resta então ao professor produzir seu material a partir dos recursos a que tiver acesso, incluindo materiais criativos e reciclados, além de isopor, madeira, rotex, feltro, cortiça etc. Como exemplo de adaptações:
- Canetas tipo pincel atômico para produzir marcas grossas visíveis por pessoas com visão reduzida.
- Acetato – Normalmente preferido em amarelo ao ser colocado sobre a página impressa escurecerá a impressão, assim como também intensificará o contraste da impressão com o papel de fundo.
- Livros com letras ampliadas, gerados a partir de impressão escalada na máquina xerox.
- Papel com pautas em negrito, obtido com xerox ou mimeógrafo.
- Marcadores de página e molduras de papelão (janelas de leitura) – especialmente úteis a crianças que têm dificuldade para focar uma palavra ou localizar uma linha de impressão
- Viseiras de sol e outras proteções
- Instrumentos de medida comuns (réguas, esquadros) ao qual se adiciona rotex braille (fita autocolante com texto).

Adaptação curricular
Todo esse arsenal de recursos, infelizmente, é insuficiente para promover uma ponte entre as necessidades inerentes ao currículo que é usado para as pessoas normais e pessoas com deficiência visual.
Imagine, por exemplo, uma cartilha, em que praticamente todas as páginas contêm imagens e nas quais o formato das letras que estão sendo ensinadas imita o formato da figura.

Como transcrever isso para um código puramente textual, como Braille?
Descrevendo as figuras? Neste caso, a razão maior da existência das figuras perde totalmente o sentido. Já para uma criança com visão reduzida, a ampliação em xerox será suficiente? Talvez sim, talvez não. Pode ser que o desenho ampliado fique tão grande que a criança com visão lateral não consiga ter a noção do seu todo.
É necessário adaptar. A adaptação pode ser muito simples como uma descrição em palavras. Ou um completo redesenho na estratégia usada para passar o conceito.
As adaptações deverão ser efetuadas evidenciando a descrição textual e tátil do aspecto visual do mundo, e de tudo que puder traduzir o mundo na perspectiva de sua aparência exterior.
Quem faz essa adaptação? Pode ser o próprio professor, o material pode já vir adaptado de um centro de transcrição (por exemplo, o Instituto Benjamin Constant tem uma equipe de adaptação de materiais didáticos, que transcreve muitos dos livros didáticos aprovados pelo MEC para uso nas escolas públicas).
É importante frisar: uma adaptação completa não é uma tarefa simples, e será muito demorada quando se desejar que seja bem realizada. Desta forma, é fundamental que numa classe inclusiva, a maior quantidade possível material didático, em especial os livros e apostilas que serão usados pelo aluno deficiente visual, devem ser entregue previamente com todas as adaptações ao professor, pois este não terá tempo hábil para produzi-las.